O Brasil tem como principal matriz energética as usinas hidrelétricas. Este tipo de fonte de energia elétrica é responsável por 63,4% de toda a energia distribuída no país. Como o próprio nome já sugere, as hidroelétricas transformam a força da água na energia elétrica que está em nas tomadas de sua residência ou trabalho. Por isso, é preciso explicar o porquê a escassez de água no Brasil está se tornando um fenômeno frequente.
Para evitar que o sistema hídrico entre em colapso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu um sistema de cobrança tarifária, que visa repassar mensalmente ao consumidor, os custos adicionais causados pela necessidade de acionamento de usinas termelétricas na geração de energia. Desta forma é possível economizar a água dos reservatórios das usinas hidrelétricas, porque quanto menor forem os níveis dos reservatórios, maior é o número de usinas termelétricas acionadas.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a escassez de chuvas no país para a geração de energia é a pior em 91 anos. Como a grande maioria dos recursos energéticos são provenientes dessas matrizes, a utilização de outras fontes de energia a curto prazo são opções mais caras, resultando em preços mais altos nas contas.
Como sabemos, a energia elétrica é um insumo essencial para o desenvolvimento humano e produção das empresas. Porém, com a escassez das principais matrizes geradoras de energia, ocorre um fenômeno conhecido como apagão ou blecaute. Este tipo de acontecimento já ocorreu por diversas vezes no Brasil nos últimos 20 anos. Para que você possa conhecer um pouco mais sobre as suas causas e consequências, nós listamos neste artigo, os principais momentos de crise energética no país.
Em 2001, blecautes programados e racionamento de energia elétrica
Em 2001, mais de 90% da energia elétrica era produzida por usinas hidrelétricas e, assim como no cenário atual, o Brasil passou por longos meses de estiagem. Para evitar o esgotamento total dos reservatórios, o governo da época instituiu blecautes programados e regras de racionamento de energia elétrica, para garantir a entrega deste insumo para toda a população brasileira.
Acontece que, para reduzir o consumo de energia, famílias e empresas tiveram que tomar uma série de ações, como a troca de lâmpadas e equipamentos por outros com menor custo energético. As ruas ficaram parcialmente sem iluminação pública e houve proibição de eventos noturnos, como shows e partidas de futebol.
O racionamento de energia vivenciado pelo Brasil em 2001 durou nove meses e ficou conhecido por “apagão de 2001”. Este acontecimento esfriou a economia e atrapalhou os planos eleitorais de aliados do então presidente da época, Fernando Henrique Cardoso.
90 milhões de pessoas sem energia no Brasil e Paraguai em 2009
No dia 10 de novembro de 2009, devido a condições meteorológicas adversas, três linhas de transmissão da Usina hidrelétrica de Itaipu apresentaram falhas. A queda na demanda de energia ocasionou no desligamento automático das 20 turbinas da usina, deixando quase 90 milhões de pessoas sem energia elétrica. Quatro estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, foram atingidos pela falha e ficaram completamente sem fornecimento de energia elétrica. Outros 14 estados foram parcialmente afetados.
O Paraguai ficou sem energia por cerca de 30 minutos. A maioria das cidades afetadas no Brasil, tiveram o restabelecimento de energia em 3 ou 4 horas, porém algumas cidades do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro ficaram por até 7 horas na escuridão.
TCU emite alertas de falhas na transmissão de energia em 2010
Em 2010, o Tribunal de Contas da União (TCU), começou a emitir alertas sobre as falhas no sistema elétrico do Brasil. Alguns dos problemas listados pelo TCU incluem menos energia sendo entregue aos consumidores, atrasos em obras, altos níveis de perda e até mesmo roubo no percurso de entrega de energia elétrica às residências e indústrias.
Os apagões programados ou não, em sua maioria, ocorrem por dois tipos de problemas. O primeiro está relacionado à falta de planejamento, como o investimento em novas fontes geradoras de energia e de tecnologias adequadas, ocasionando em problemas técnicos em usinas, redes de transmissão ou estações que, por sua vez, acabam por interromper o fornecimento de energia elétrica.
Já o segundo motivo é relacionado à principal matriz energética utilizada, como é o caso das usinas hidrelétricas. Sempre que há longos períodos com escassez de chuvas, é preciso acionar outras matrizes energéticas alternativas. Como o caso das termoelétricas.
Em 2014, falhas nas linhas de transmissão e novos blecautes
Segundo um levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), desde janeiro de 2011 até fevereiro de 2014, foram registrados 181 blecautes no país, considerando todas as falhas de energia, independentemente do tamanho da área afetada, do período ou da carga interrompida.
Segundo a ONS, em fevereiro de 2014 cerca de 6 milhões de consumidores foram afetados pela falta de energia nos estados das regiões sudeste, centro-oeste e sul. O blecaute atingiu 11 estados e teve origem em um curto-circuito numa linha de transmissão no Estado de Tocantins.
Outro blecaute ocasionado por falhas, ocorreu em 11 de fevereiro de 2014. Mais de 40 cidades ficaram às escuras no Estado do Espírito Santo, incluindo a capital Vitória, devido a uma falha em uma subestação de Furnas - empresa brasileira vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
No ano de 2015, as hidrelétricas ficaram abaixo do nível causando novo blecaute
Em 19 de janeiro de 2015, um blecaute atingiu parte de 10 estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia e do Distrito Federal, causando falta de energia elétrica a mais de 3 milhões de unidades consumidoras.
Segundo as concessionárias de energia, o apagão ocorreu devido a uma ordem do ONS para que fossem reduzidas as cargas devido a um pico de energia, que ultrapassou a capacidade de produção do país. O apagão durou por cerca de 1 hora até começar a ser normalizado.
Os reservatórios das usinas hidrelétricas baixos e o calor excessivo contribuíram significativamente para que a ultrapassagem da capacidade de produção energética do Brasil fosse atingida.
O que fazer para manter a produtividade industrial em situações de racionamento, blecautes e apagões?
Entre setembro de 2020 e maio de 2021, foram registrados os piores níveis de chuvas dos últimos 91 anos, fazendo com que os reservatórios das hidrelétricas se encontrem em níveis críticos de reserva útil. Por isso, as empresas precisam estar atentas à possibilidade de novas medidas de racionamento de energia elétrica e até mesmo pagar mais caro pelo consumo deste insumo.
O setor industrial é responsável pelo consumo de 31,6% da energia hidrelétrica produzida no Brasil. O uso adequado e eficiente dessa energia deve estar presente no planejamento das indústrias. Muito se tem abordado sobre programas de eficiência energética. A utilização de dispositivos e sistemas de gestão de energia, agregados ao sistema de controle e automação do parque fabril, são recursos para a redução de custos e melhora na produtividade e competitividade.
Para evitar que o fornecimento de energia elétrica seja interrompido, prejudicando a produção, é possível optar pela aplicação de nobreaks. Estes sistemas podem garantir a autonomia necessária de energia para evitar perdas significativas, se transformando na solução para o cenário complexo cenário atual do Brasil.
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