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Crise energética: utilizando nobreaks com sistemas fotovoltaicos
Saiba qual sistema instalar para garantir que sua empresa tenha energia limpa, 100% segura e ininterrupta, afastando assim a crise energética
De acordo com a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a energia solar representa 2% da matriz elétrica do país, podendo atingir quase 3% até o fim de 2021. Essa pode ser uma alternativa viável, para ajudar a conter o agravamento da crise hídrica, que vem ocorrendo no Brasil. Além disso, empresas que buscam garantir uma energia renovável e ininterrupta para alimentar às cargas críticas, podem optar por utilizar sistemas fotovoltaicos em conjunto com um nobreak.
Com o uso de sistemas fotovoltaicos, a empresa ajuda a aliviar a malha energética, que atualmente é mais de 60% vinda da energia das hidrelétricas. Aliando esse sistema com um nobreak, a empresa evita qualquer possibilidade de apagão energético. É uma combinação perfeita entre economia, ecologia e alta performance operacional.
Você sabe qual tipo de sistema fotovoltaico pode operar em conjunto com um nobreak? E como funciona o sistema de conversão da luz solar em energia elétrica? Essas são perguntas que vamos ajudar a responder neste artigo. Boa leitura!
Tipo de sistema fotovoltaico utilizado em conjunto com um nobreak
Com o uso de sistemas fotovoltaicos, a empresa garante toda ou grande parte da energia necessária para a operação, vinda da conversão da luz solar em energia elétrica. Porém, isso não garante que haverá energia disponível, em caso de queda pela rede da concessionária. Para isso, é preciso, além do sistema fotovoltaico, ter um nobreak em operação para oferecer autonomia e energia ininterrupta para as cargas críticas, em momentos de falta deste insumo.
Para entender melhor, é preciso explicar que existem 3 tipos de sistemas fotovoltaicos disponíveis: o On-grid, Off-grid e o híbrido. O mais utilizado é o On-grid, conectado diretamente na rede elétrica da concessionária. O Off-grid é mais aplicado em propriedades rurais, onde o acesso à rede da concessionária é ainda mais custoso que a aplicação de um banco de baterias, necessário para o armazenamento de energia neste tipo de sistema fotovoltaico. Já os sistemas híbridos, operam com baterias e continuam ligados à rede. Neste último caso, a energia fotovoltaica, atende casos específicos, quando compensa o custo das baterias.
Acontece que, como o sistema On-grid não possui armazenamento de carga, quando ocorre a falta de energia pela rede da concessionária, o sistema é desativado e, por isso, o fornecimento de energia é interrompido. Porém, é possível aliar uma aplicação On-grid de energia limpa, a um equipamento nobreak. Dessa forma, a empresa além de garantir economia na conta de luz, ainda consegue oferecer energia ininterrupta para as cargas críticas essenciais para a produtividade.
Benefícios da aplicação de um sistema fotovoltaico
Quando o sistema fotovoltaico instalado é On-grid, toda energia gerada que não é consumida, é disponibilizada na rede da concessionária local, gerando créditos para o consumidor. Esse bônus pode ser utilizado para reduzir o valor da fatura em um período de até 60 meses.
Quando há queda no fornecimento de energia, o inversor fotovoltaico detecta e, por segurança, impede que a tensão vinda dos módulos seja distribuída. Isso acontece porque se a energia foi cortada para uma manutenção da rede, e o sistema fotovoltaico continuar injetando carga, pode ocasionar em acidentes graves com quem está realizando a manutenção.
No sistema On-grid ainda não é possível zerar a fatura de energia elétrica, no caso do sistema fotovoltaico produzir o mesmo valor em energia (kWh-quilowatt hora). Porém, o valor é significativamente menor, considerando que serão cobradas apenas as taxas de disponibilidade de rede, contribuição para iluminação pública e a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição.
Outro ponto interessante sobre a instalação do sistema fotovoltaico, é que no dia 18 de agosto, a câmara dos deputados aprovou o
Projeto de Lei 5829/19 que institui um novo marco legal da geração de energia limpa descentralizada. A proposta mantém a isenção de encargos para quem já possui painéis solares até 2045. Para as novas aplicações, a cobrança das taxas será gradativa, começando a contar a partir de 2023. A ideia é que até 2029, todos os encargos deverão ser integralmente pagos.
O documento agora passa para apreciação do Senado. Porém, essa primeira etapa aprovada é muito importante, pois indica um aumento de segurança jurídica aos investidores nacionais e internacionais. Abrindo a possibilidade de novos investidores para a produção e comercialização de uma fonte de energia limpa e renovável no Brasil. Com mais investimentos no setor, mais produção e o aumento da oferta, os preços na conta de luz do consumidor final tendem a cair cada vez mais.
Energia elétrica limpa 100% segura e ininterrupta para afastar a crise energética
Segundo a
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, hoje são 505.415 unidades conectadas na rede, gerando um total de 5891,3MW (megawatts). Estes pontos de geração estão espalhados, diferentemente das hidrelétricas e termelétricas, que representam juntas 75% da matriz brasileira. Por concentrarem a geração em poucos pontos, essas fontes energéticas necessitam de linhas de transferência até as subestações, para distribuição aos consumidores. Já com sistemas de energia solar, esse problema não ocorre. Isso porque a energia é convertida e redistribuída para o dono da instalação ou em casos de excedente, a energia é injetada na rede, para que vizinhos possam utilizá-la.
As hidrelétricas dependem fundamentalmente de bons períodos de chuva para manter a capacidade de suas bacias. Em períodos de escassez, as termelétricas são acionadas para suprir a demanda. O custo mais alto da geração de energia, passa a ser redistribuído ao consumidor. Empresas que possuem sistemas fotovoltaicos em operação, não precisam ter esse tipo de preocupação.
Organizações que visam a alta produtividade, podem optar por um sistema fotovoltaico com a aplicação de um nobreak, para garantir o fornecimento ininterrupto de energia. Dessa forma, além de demonstrar o compromisso com uma fonte de energia limpa, também contam com mais economia e a segurança no atendimento das cargas críticas. Evitando qualquer tipo de queda na performance e baixos resultados financeiros, provocados pelo cenário de crise energética atual no Brasil.
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Informações: Filipe Monteiro, engenheiro civil e sócio-fundador da EMC Solutions.