Que os nobreaks são grandes aliados das empresas que prezam por manter a produtividade em alta, imagino que você já saiba. O que muitas pessoas desconhecem é que além do fornecimento de energia ininterrupta, os sistemas UPS oferecem mais segurança e podem contribuir significativamente para a eficiência energética de indústrias e empresas de outros segmentos.

Desde o início da vigência da bandeira vermelha patamar 2, para a cobrança de energia elétrica no Brasil, muitas empresas estão buscando alternativas para se manter no mercado, sem prejuízos e mantendo a alta produtividade. Ao todo, são 3 meses desde o início da cobrança adicional na conta de  energia elétrica.

E para agravar ainda mais a situação, na terça-feira, 31 de agosto, o governo federal anunciou um novo modelo de bandeira tarifária para a população brasileira. Isso quer dizer que, a partir do mês de setembro, a bandeira vigente é a de “escassez hídrica”. Com isso, o valor da taxa adicional cobrada nas contas, passa a ser de R$14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Para as indústrias, que são grandes consumidoras de energia elétrica, esse aumento pode significar um grande prejuízo.

Segundo os especialistas, esse cenário ainda deve se estender por mais alguns meses, até que o período de chuvas volte a encher as bacias das hidrelétricas. Diante dessa situação, as indústrias e até mesmo empresas de menor porte, precisam encontrar alternativas para espantar a perda de produtividade e prejuízos que podem ser ocasionados por uma queda de energia elétrica repentina. 

Para entender mais a fundo como aplicações de nobreaks para o fornecimento de energia ininterrupta são uma solução para fugir dos efeitos negativos da crise hídrica, nós convidamos o engenheiro elétrico Ângelo Scomazzon, que tem larga experiência em projetos de eficiência energética em todo o Brasil. Vamos ao artigo para entender como podemos manter a produtividade das empresas em alta, mesmo neste ambiente de adversidades que nos assola.

Crise hídrica: a eficiência energética como vetor de produtividade nas empresas

De acordo com um levantamento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 572 empresas, a crise hídrica que atinge o Brasil preocupa nove em cada dez empresários. Destes que se preocupam com a crise, 83% tem como maior medo de novo aumento no custo de energia, outros 63% se dizem preocupados com o risco de racionamento e 61% com a possibilidade de instabilidade ou de interrupções no fornecimento de energia. Para reverter essa situação é imprescindível implementar projetos de eficiência energética nas empresas.

Para o engenheiro elétrico Ângelo Scomazzon, usar a energia de forma consciente traz diversos benefícios, tanto para a empresa como para o meio ambiente. Com o uso racional é possível pagar menos pelo consumo de energia. Olhando pela perspectiva ambiental, reduz a necessidade de fazer obras para acompanhar o aumento da demanda por energia, como construção de usinas, subestações e de linhas de transmissão e distribuição. Empreendimentos como esses trazem um impacto ambiental significativo.

Grandes empresas contam com maquinário que exige maior consumo energético, o que pode levar a custos exorbitantes considerando o cenário atual de tarifas elevadas no país. Uma alternativa viável que é utilizada por empresas do mundo inteiro é aproveitar esta adversidade para implementar projetos de eficiência energética. Além de contornar obstáculos da crise hídrica, como altos custos e risco de falta de fornecimento do insumo, as indústrias e empresas de menor porte podem aprender como manter a produtividade em alta com menos gastos e melhor aproveitamento dos recursos. O segredo está em colocar a eficiência energética no centro dos processos produtivos.

Alguns projetos de eficiência energética que podem ser implementados:

• Multimedidor de grandezas elétricas:

Esse equipamento é utilizado para a emissão de um laudo mensal com os dados de consumo do setor industrial, para solicitar um crédito do ICMS, que incide na conta de energia elétrica. Os valores são transformados em índices técnicos, necessários para a recuperação contábil dos créditos de ICMS e, dependendo da região, a porcentagem recuperada pode chegar a 30%.

• Sistemas fotovoltaicos

Os sistemas fotovoltaicos garantem que toda ou grande parte da energia consumida pela empresa seja vinda da conversão da luz solar em energia elétrica. Lembrando que o tipo de sistema mais utilizado, o on-grid, não garante que haverá energia disponível, em caso de queda pela rede da concessionária. Para isso, é preciso ter um nobreak em operação junto com o sistema fotovoltaico, para oferecer autonomia e energia ininterrupta para as cargas críticas.

• Uso de nobreaks

Um nobreak além de fornecer energia ininterrupta, também filtra a rede elétrica e fornece aos equipamentos conectados a ele, uma energia limpa e 100% segura. Os melhores nobreaks do mercado já tem a função de controle de fator de potência de entrada, o que além de mais economia, melhora significativamente a qualidade e eficiência da energia fornecida.

Esses são alguns tipos de equipamentos que podem ser implementados para auxiliar empresas e garantir eficiência energética.

A correção do fator de potência de nobreaks torna o uso da energia elétrica ainda mais eficiente