Por Rogério do Espírito Santo
A autonomia, em aplicações de nobreaks, é o tempo que o equipamento deve manter a energia ativa em sua saída na falha, ou seja, durante a falta de energia da concessionária. Para que a demanda da empresa seja atendida com segurança e eficiência, as baterias do nobreak devem ser consideradas pelo gestor de TI.
Cada banco de baterias precisa estar dimensionado para alimentar as cargas críticas de acordo com a autonomia estimada. Porém, também deve ser observado como os bancos de baterias vão ser recarregados, para manter a energia ininterrupta da aplicação em alto nível de segurança. Abordaremos este assunto neste artigo, para que você saiba como aplicações com grandes autonomias precisam ser gerenciadas, evitando problemas com os carregadores de baterias dos nobreaks “sub dimensionados”.
Entendendo a relação entre baterias de nobreaks e autonomia padrão.
De acordo com Rodrigo Graziadei, Diretor Técnico da Logmaster, o primeiro passo para um debate sobre grandes autonomias é entender a relação entre autonomia padrão e autonomias maiores. Alguns nobreaks apresentam, por concepção de projeto e também por possuir espaço físico, um gabinete interno para receber as baterias, que vão oferecer a autonomia para o fornecimento de energia e alimentação das cargas críticas.
Essas configurações, as baterias armazenadas internamente no nobreak, são conhecidas no mercado como a autonomia padrão. Essa é uma realidade mais adequada para a utilização simples e não para o uso corporativo. Os equipamentos conhecidos como short breaks têm uma ou duas baterias internas, para atender a autonomia padrão. Alguns modelos de produtos contam com uma opção para a expansão de autonomia, o que seria uma autonomia grande, para determinados portes de projetos.
“Pensando nos produtos da Logmaster, se pegarmos a linha G3, nós temos nobreaks de 4KVA até 15KVA, esses equipamentos utilizam o mesmo gabinete. Fisicamente eu tenho produtos de 4 a 15, se dividirmos 15 por 4, a grosso modo eu tenho mais que 3 para 1. O que eu quero dizer com isso é que fisicamente alguns dos componentes do equipamento ficam maiores, conforme o aumento da potência”, explica Rodrigo.
Em um nobreak de menor potência, por ter um maior espaço físico dentro do produto, pode se acondicionar melhor as baterias. Segundo Rodrigo, os nobreaks da linha G3 Logmaster, por exemplo, por possuir um gabinete padrão, é possível colocar até 16 baterias de 9 ampère-hora, chegando a um equipamento de até 10 kVA, com baterias internas. Isso significa que equipamentos de 4 kVA até 10 kVA podem ter baterias internas, com uma autonomia padrão. Mas usando as mesmas baterias, com maior autonomia no equipamento de 4 kVA se comparado com o de 10 kVA.
Nobreaks com grandes autonomias e capacidade de reposição de energia são situações distintas.
Quando o cliente precisa de um nobreak com grande autonomia e esse equipamento é de menor capacidade, é preciso acondicionar as baterias externamente. E nesta questão se encontra um ponto de falha bastante comum, que precisa de atenção dos gestores de TI.
“Quando falamos de autonomia de maior capacidade é preciso haver uma correlação entre a capacidade de atender a autonomia e a capacidade de reposição de energia no banco de baterias, para que o mais rapidamente possível, a aplicação de nobreaks esteja pronta para uma nova queda/falta de energia”, explica Rodrigo.
É neste ponto que entra a relação carregador de baterias adequado. Em muitos casos, os nobreaks não têm um carregador com capacidade para repor a energia do banco de baterias em tempo de estar disponível, 100% carregado e evitar uma falha no fornecimento de energia ininterrupta e nas cargas críticas alimentadas. Sem saber que a operação da empresa corre risco, o gestor de TI imagina estar com a aplicação de nobreaks em pleno funcionamento, quando ocorre uma nova queda do fornecimento da concessionária e a energia cai, gerando prejuízos para a empresa e colocando em risco a segurança da informação e os dispositivos de TI.
“Quando falta energia, ninguém sabe quando vai voltar, ninguém sabe o quanto profundo foi a descarga das baterias, mas uma analogia é muito importante, eu preciso ter um carregador de baterias com grande capacidade, se eu trabalho com um banco de baterias para grande autonomia. Eu não posso, por exemplo, trabalhar com um banco de baterias de 100 ampères-hora, que eu precisaria de 10 ampères/hora para fazer o carregamento, com um carregador com capacidade de 1 ampère-hora”, conta Rodrigo. “Nesse caso, eu levaria pouco mais de 10 vezes o tempo para carregar o banco de baterias, com um carregador de 1 ampère-hora, do que se eu tivesse um carregador de um pouco mais de 10 ampères/hora”. A relação não é linear, por isto é um pouco maior que 10.
Para ter um carregador de baterias, faça a pergunta certa na hora de comprar o nobreak.
O primeiro passo para definir uma aplicação de nobreaks segura é observar a capacidade do banco de baterias e fazer a seguinte pergunta: de qual capacidade deve ser o meu carregador, para que eu rapidamente possa repor a energia no banco de baterias?
Para obter a resposta correta, o comprador deve informar ao vendedor do nobreak qual é a periodicidade de falta de energia elétrica em um ano, prejudicando a operação da empresa.
Outra informação importante é saber quanto dura a falta de energia. Para saber precisamente esses dados indicamos observar e anotar as situações ocorridas, para poder informar corretamente. Com base nessas informações, o vendedor pode calcular a necessidade de carregamento das cargas de baterias da aplicação da empresa.
Informações: Rodrigo Graziadei, Diretor Técnico da Logmaster
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