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Tipos de baterias que você não deve utilizar em um nobreak

20 de abril de 2021

Tempo de Leitura: 4 minutos

Ouça esse artigo abaixo: 

Veja quais os tipos de baterias que você não deve utilizar em um nobreak

No setor de TI ainda é comum encontrar gestores ou técnicos com dificuldade em relação à escolha das baterias do nobreak que devem alimentar as cargas em um ambiente corporativo. A escolha de uma bateria inadequada pode prejudicar a operação do equipamento e, consequentemente, da empresa toda. Por isso, antes de realizar a compra deste item, é preciso saber diferenciar a bateria ideal para aplicação em nobreaks, das baterias que não são adequadas para a instalação.

 

Para que você entenda porque certos tipos de baterias não são adequadas para alimentar a carga dos nobreaks e os equipamentos eletrônicos da empresa, nós preparamos este artigo para você, junto com nossa parceira comercial Powersafe. Leia agora e evite erros na compra das baterias para esse tipo de equipamento.

 

 

Aplicações com a bateria de alarme

 

A bateria para central de alarme é um dos componentes mais críticos do sistema de segurança. Ela fornece toda a energia do sistema no caso de interrupção do fornecimento de energia pela rede, seja por um problema da própria concessionária de energia ou até para proteção de uma ação de criminosos.

 

Hoje é possível encontrar no mercado diversas marcas e modelos de baterias para central de alarme. As mais utilizadas nos sistemas de segurança são as baterias do tipo chumbo-ácido, reguladas por válvula VRLA, que o mercado costuma chamar de bateria selada.

 

Os melhores fabricantes de baterias para alarme possuem produtos específicos para aplicação em sistemas de segurança, além de baterias com melhor qualidade. Normalmente, as baterias para esta aplicação possuem voltagem de 6 a 12 volts.

 

Utilizando a bateria solar

 

As baterias solares são chamadas de estacionárias e foram desenvolvidas especificamente para sistemas de energia solar fotovoltaica. Sua composição em liga de chumbo-carbono oferece o melhor desempenho e durabilidade, para sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio porte. Com uma capacidade de 244,8Ah (C120) ou 220Ah (C20), a bateria solar é recomendada para sistemas em 12V, 24V ou 48V.

 

Dependendo da marca da bateria, o consumidor pode encontrar produtos de maior qualidade e com um melhor desempenho de armazenamento de energia, mesmo em altas temperaturas. Podem suportar até três vezes mais ciclos do que o padrão de mercado para a categoria, possuindo uma excelente absorção de energia, o que permite uma recarga mais rápida e eficiente no sistema fotovoltaico.

 

O material ativo em liga de chumbo-carbono no interior da bateria proporciona menor corrosão das placas positivas, o que diminui a formação de sulfato nas grades e garante maior capacidade de absorção de energia vinda da placa solar.

 

Por não necessitar de reposição de água e ser livre de manutenção, a bateria solar costuma ter um custo de operação muito baixo, oferecendo mais economia ao sistema. Possui como principal função armazenar a energia gerada pelo painel solar fotovoltaico. Posteriormente, esta energia armazenada pode ser utilizada para alimentar equipamentos elétricos.

 

 

Por que as baterias solares e de alarmes não devem ser aplicadas em nobreaks?

 

As baterias solares e de alarmes não devem ser utilizadas em aplicações de nobreaks, porque para aplicações em sistemas de altas taxas de descarga, como é o caso das UPS, essas baterias apresentam valores elevados de Resistência Interna (RI). Muitas vezes, seduzidos pelo valor mais baixo comparado ao das baterias indicadas para essa operação, gestores acabam por optar pela compra destas baterias solares ou de alarme.

 

Porém, baterias que possuem altos valores de RI, tendem a provocar uma queda de tensão maior no momento em que o equipamento entra em operação (plena carga).

 

Para não ocorrer riscos de desligamentos por subtensão é imprescindível a aplicação dos fatores de compensação. Esse fato acaba por encarecer o projeto, pois os engenheiros projetistas são obrigados a utilizar fatores adicionais de capacidade para compensar as perdas causadas com a utilização de uma bateria inadequada.

 

Segundo o engenheiro de produtos da nossa parceira Powersafe, Davi Santana, “os princípios de fabricação de baterias para nobreaks e uma bateria de alarme são exatamente os mesmos, porém o que torna essas baterias diferentes é a aplicação”, afirma. As baterias VRLA, por exemplo, são projetadas em conformidade com o guia EUROBAT (Associação de Fabricantes de baterias industriais da Europa, atua para promover os interesses indústrias de fabricantes de baterias) e também normas ABNT, que determinam a projeção de vida útil, grau de confiabilidade das aplicações, desempenho (regime de descarga) e as características dos materiais.

 

As baterias utilizadas em padrão comercial possuem projeção de vida útil de 3 a 5 anos, de uso típico em equipamentos de emergência de pequena capacidade ou portáteis. A exigência de performance é de 50 ciclos, conforme determina a Norma NBR14.205:2018. Esta bateria é a indicada para aplicações em alarmes.

 

Já para aplicações em nobreaks, é indicado uma bateria para uso geral, com durabilidade de até 5 anos, dependendo das condições do local de armazenamento. O uso dessas baterias é indicado para instalações em que as condições de operação não são severas. A exigência de performance é de 150 ciclos.

 

 

O tipo de bateria determina a qualidade da operação do nobreak

 

As baterias mais indicadas para aplicações em sistemas UPS são aquelas que apresentam baixos valores de resistência elétrica interna e, nesses casos, vale ressaltar as baterias de chumbo ácidas com placas planas standard (padrão), as quais tem a melhor relação custo benefício do mercado.

 

Para certificar que a operação do nobreak vai ocorrer de forma correta, gestores ou técnicos de TI devem observar a resistência elétrica, a voltagem e as características dos materiais da bateria, buscando dessa forma garantir o fornecimento de energia ininterrupta e de qualidade em um ambiente corporativo.

 

 

Este artigo foi produzido em conjunto com nossa parceira comercial, Powersafe. Com informações de Davi Santana - Engenheiro de Produtos e Maria Luiza Metidieri - Marketing.


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