Garantir a continuidade da operação em um ambiente empresarial é essencial para o sucesso do negócio. Para isso, é preciso se certificar do fornecimento de energia ininterrupta de qualidade, implementando tecnologias com capacidade para garantir a segurança operacional e da informação. Em uma instalação é necessário atenção especial a diversos itens, como por exemplo, qual o tipo de rede elétrica disponível para a alimentação dos nobreaks adquiridos e quais as demandas energéticas este equipamento deve atender.

Não basta contar com nobreaks de qualidade para o fornecimento de energia ininterrupta, se a aplicação não comportar a capacidade energética exigida pela empresa no momento da compra. Ao se atentar a esses itens da instalação, a empresa compradora pode se deparar com algumas dúvidas, como: qual a diferença entre redes monofásicas, bifásicas e trifásicas? Qual a relação da topologia da rede elétrica com a escolha de nobreaks corporativos?

Para garantir que o sistema instalado vai oferecer à empresa e ao departamento de TI, além de eficiência, proteção de alta disponibilidade para as cargas elétricas e dispositivos, leia agora o artigo e compreenda a diferença entre as redes elétricas monofásicas e trifásicas e quais os benefícios de nobreaks com entrada trifásica e saída monofásica (conhecido como trimonos) em aplicações no ambiente corporativo.

Redes elétricas monofásicas e trifásicas, o que são?

Para compreender melhor o que é a rede trifásica, para uso de nobreaks profissionais é preciso antes distinguir quais os tipos de redes elétricas são utilizadas no Brasil. São elas: monofásicas, bifásicas e trifásicas.

Quando a rede é monofásica, a ligação entre a rede e o local do abastecimento de energia elétrica é feita por dois fios: uma fase e um neutro. Instalações deste tipo proporcionam tensões elétricas máximas de 127V ou 220V, podendo variar de acordo com a concessionária de energia elétrica. Este tipo de rede só é utilizada quando a potência máxima de todos os equipamentos residenciais chega a 8.000 watts (8 KW).

Já as redes bifásicas proporcionam tensões elétricas de 127V e 220V ou 380/ 220V, também variando de acordo com a concessionária de energia elétrica. Pode ser utilizada quando a potência total dos equipamentos ligados à rede for de até 25.000 watts (25 KW). A ligação entre o local de abastecimento e o transformador é feita com três fios: duas fases e um neutro. Essa rede era mais comum em instalações rurais, isso porque no meio rural, normalmente, não há necessidade de muitos equipamentos elétricos, necessitando de maior utilização de sistemas diferentes de energia, mas atualmente devido ao maior consumo de energia em algumas empresas e residências tem sido mais frequentes nos meios urbanos.

E por fim, há a rede trifásica, indicada para residências ou indústrias, quando a soma das potências dos equipamentos ultrapassam 25 KW indo até 75.000 watts (75 KW). A ligação é feita por quatro fios: três fases (R, S, T) e um neutro. As tensões elétricas proporcionadas são de 220/ 127V ou 380/ 220V.

A utilização da rede trifásica possui a característica de prover na forma mais eficiente de distribuição da energia elétrica em longas distâncias e permite que grandes equipamentos industriais operem com mais eficiência.

Relação entre a topologia da rede e o uso de nobreaks profissionais

Manter o equilíbrio de cargas em um sistema de nobreaks trifásicos é um desafio para os times de manutenção elétrica e TI, principalmente quando as cargas são predominantemente monofásicas. Buscando garantir este equilíbrio entre as cargas, os nobreaks da linha G3 da Logmaster possuem entrada trifásica e saída monofásica. Isso quer dizer que, à medida que as cargas são conectadas na saída do equipamento, o sistema garante que a divisão das cargas seja realizada naturalmente entre as três fases da entrada, garantindo o equilíbrio do sistema.

Nobreaks trimonos, diferentemente dos monofásicos, se alimentam das três fases de entrada, ou seja, esta opção de nobreaks executam um balanceamento das correntes de carga distribuída em cada uma das fases da entrada.

A grande maioria das cargas no mercado de TI são monofásicas, muitas vezes elas têm tensão de 127V ou 220V, ou até podem ser “bivolt”, mas já outras cargas trifásicas, estão vinculadas a aplicações que consomem maiores potências, como o caso do setor empresarial, industrial ou de equipamentos da área médica. Por isso é preciso observar qual o tipo de aplicação que seus nobreaks vão alimentar e em não havendo cargas trifásicas dentre sua relação de consumo verifique se é possível o dimensionamento de um equipamento trimono, deste modo estará fazendo a melhor escolha para sua empresa no curto e longo prazo.

Um motor trifásico, por exemplo, necessita de nobreaks trifásicos, isso porque não é possível ligar três nobreaks monofásicos um em cada fase, se a carga é trifásica essa operação se torna impossível. Se a soma de todas as potências a serem alimentadas forem superior a 20 kVA, necessariamente você precisa utilizar nobreaks trifásicos. Isso ocorre porque se a sua necessidade de suporte energético for para grandes demandas, um equipamento que não possuir o balanceamento de cargas adequado, pode ocasionar em quedas frequentes de energia.

Segundo o diretor técnico da Logmaster, Rodrigo Graziadei, é preciso ter muito cuidado no momento da escolha da compra de nobreaks, pois “quando se tem um nobreak monofásico de 10 kVA, por exemplo, temos apenas um barramento de 10 kVA entregando energia para a saída do equipamento. Já quando temos um nobreak trifásico de 15 kVA é o mesmo que três nobreaks monofásicos de 5 kVA, um em cada fase. Sendo assim, é preciso se atentar à potência que o equipamento pode fornecer, para atender corretamente à instalação”, explica.

Devido a isto, as cargas que nobreaks trifásicos irão suportar, devem estar devidamente balanceadas. Caso contrário, o nobreak pode não suportar e ocasionar sobrecarga em uma fase por mais que em outra haja potência disponível e levar a quedas no fornecimento de energia elétrica.

Nobreaks Trimonos, os mais indicados para operações em redes trifásicas e alimentações monofásicas a redes de TI

A partir dessas considerações é possível compreender que, para não comprometer as instalações de nobreaks profissionais em ambientes empresariais, a empresa precisa ter em mente que nobreaks trifásicos são indicados para grandes capacidades energéticas. É preciso executar o balanceamento das cargas no quadro elétrico para não comprometer a instalação como um todo.

Cargas com alimentação monofásicas, quando agrupadas e encaixando em dimensionamento de nobreaks trimonos, ficam extremamente mais vantajosas que quando alimentadas por nobreaks trifásicos. Caso contrário, o equipamento trifásico pode não fornecer o serviço e qualidade esperada após algum tempo da compra.

Informações: Rodrigo Graziadei - Diretor técnico da Logmaster.