O processamento e gerenciamento de informações de desempenho não é algo novo no universo da informática. Dados como temperaturas de servidores, capacidades dos HDs, velocidade dos discos, entre outros pontos de performance, já são monitorados por gestores de TI.
Desde a chegada dos microprocessadores quanto a utilização de softwares integrados ficou viável, disponibilizando o acesso a processadores de texto, planilhas eletrônicas, gerenciadores de bancos de dados, gráficos e gerenciadores de comunicação.
Ao longo do tempo, os gestores deram-se conta que, de nada adianta ter monitoramento de dados e de ativos de TI, se não tem como monitorar a energia elétrica. Um departamento de tecnologia da informação sem energia, não consegue medir desempenho algum. Os questionamentos se voltaram para os nobreaks. A primeira constatação foi que, em uma situação de queda de energia, as baterias seriam exigidas, mas não era possível ter certeza sobre a qualidade do funcionamento desses componentes.
Toda a vez que a falta de energia viesse a ocorrer, as baterias dos nobreaks poderiam não atender com a autonomia desejada, porque não teria como monitorar e efetuar uma troca antes de uma falha, uma manutenção preventiva.
Então veio a pergunta chave: porque não monitorar os nobreaks, para saber se, no caso de falta de energia, esses equipamentos vão estar disponíveis para o fornecimento de energia ininterrupta?
Agora que você já está entendendo melhor o contexto da importância do gerenciamento de nobreaks, siga lendo o nosso artigo e veja como a performance da sua empresa pode ir para outro nível com a possibilidade de gerenciar dados dos UPS.
Todas as empresas são beneficiadas com o gerenciamento de nobreaks
A qualidade e o tempo disponível (neste caso chamado de autonomia) do fornecimento de energia ininterrupta impacta praticamente todas as empresas, mesmo que muitos dos gestores ainda não se deram conta disso. Segundo Vitor Mengue, Gerente Técnico da Logmaster, “o monitoramento da disponibilidade de energia é essencial hoje em organizações de todos os setores do mercado”.
Como se trata de gerenciamento de dispositivos, o mais comum é pensar em departamentos de TI ou empresas de informática, mas Vitor exemplifica situações em que o fornecimento de energia é a diferença entre a perfeição e o caos: ”vamos falar em uma empresa de impressões, que está em plena atividade. Uma falta de energia ou oscilação de rede acontece no meio de uma impressão de grande formato. Se o nobreak não estiver online, se encontrar em modo bypass, por exemplo, ele pode derrubar as cargas da empresa”.
O modo bypass é quando o nobreak tem energia na saída, podendo corrigir alguns distúrbios na rede elétrica, mas não alimenta as cargas críticas na falta da concessionária. Nessa situação, a empresa perderia o trabalho realizado, porque na queda de energia, a impressão seria interrompida e não é possível retomar de onde parou, precisando assim recomeçar a tarefa, sem citar a perda do material.
Se esta mesma empresa contar com gerenciamento de nobreak, o responsável pela TI ou até mesmo o operador pode receber um alerta informando sobre como o nobreak está operando, permitindo uma ação do profissional, para evitar a situação que vai contra a produtividade e pontualidade na entrega do serviço.
No setor do varejo, não é diferente. “Quando falta energia em um mercado, os caixas seguem funcionando porque são alimentados com energia dos nobreaks. A iluminação é alimentada por luzes de emergência e depois por geradores, então se a luz cai em algum ponto, leva em torno de 10 segundos para retornar, que é quando o gerador ativa e tudo volta ao normal. Mas imagine que os nobreaks que alimentam os caixas não estão ativos ou o banco de baterias não está em perfeitas condições de uso, todo o sistema vai cair. Se falamos de uma rede grande de supermercados, com 30 ou 40 caixas, temos um transtorno considerável até todo o sistema restabelecer e voltar à normalidade da operação”, comenta Vitor.
Com o sistema de monitoramento e gerenciamento de nobreaks, o gestor de TI ou de manutenção da rede de supermercados pode visualizar a situação dos nobreaks de forma remota, ou seja, de qualquer lugar, e tomar as decisões e ações necessárias para evitar que o pior venha a acontecer, garantindo assim a boa reputação do estabelecimento junto aos consumidores, o que costuma impactar no desempenho de qualquer empresa.
“Os dispositivos de gerenciamento de nobreaks contam com alertas reativos e proativos. O equipamento informa ou mesmo toma uma ação automaticamente, desde que configurada previamente”, explica Vitor.
Alertas proativos e reativos
O gerenciamento proativo de nobreaks é uma funcionalidade que permite o planejamento e coordenação de ações, para evitar falhas. Trabalhar preventivamente está no DNA das equipes que fazem das adversidades do dia a dia um incentivo para a alta performance. Com o sistema certo é possível tomar a decisão certa e na hora adequada.
O Gestor de TI ou de manutenção pode utilizar o gerenciamento proativo e reativo para escolher entre tomar uma decisão ao receber um aviso sobre algo que está acontecendo com o nobreak e a gestão do fornecimento de energia ou configurar ações automatizadas, permitindo que o próprio nobreak efetue ações dentro de determinados cenários.
“Gerenciamento proativo: antes que uma falha ocorra, o nobreak vai informar o gestor, alertando que é preciso tomar uma ação, ou o próprio equipamento avisa que está executando essa ação”, esclarece Vitor. “Gerenciamento reativo: o nobreak informa que algo já ocorreu, como falta ou retorno de energia. Um caso comum é quando falta a energia em empresas que usam geradores. Na queda de energia o nobreak avisa: falta de energia. O gerador liga e o nobreak avisa que voltou a energia. Se o nobreak não avisar que a energia retornou, o gestor já sabe que o gerador está com problema, resta então ir até lá e ligar manualmente”.
Vitor explica que os nobreaks com gerenciamento oferecem diferentes formas de alertas proativos. “Ser proativo não é igual para toda a empresa, cada organização escolhe os alertas mapeando as situações reais que estão de acordo com a sua operação, personalizando alertas e ações automáticas.
Alguns exemplos de alertas proativos:
Alerta de sobrecarga
Muitas vezes a empresa adquiri equipamentos eletrônicos e não planeja a gestão do consumo de energia. Este é um cenário bastante comum quando as empresas estão crescendo. O administrativo ou o setor de compras adquire máquinas de escritório, como impressoras, por exemplo, para uma nova sala.
Esses dispositivos colocam o fornecimento de energia ininterrupta em sobrecarga, que é quando os limites configurados no nobreak estão perto de ser atingidos, o que pode interromper a alimentação das cargas críticas, no caso de falta de energia elétrica da concessionária. Neste caso, um alerta proativo avisa o gestor que algo está errado, que o consumo está no limite estabelecido. O gestor pode investigar de qual setor está vindo esse consumo de energia, fazendo uma gestão mais consciente, tanto do ponto de vista da segurança da energia ininterrupta, quanto das despesas com eletricidade.
Alerta de temperatura ambiental
No ambiente de TI, a temperatura é um item importante, que impacta no bom funcionamento dos ativos. Um servidor exposto a altas temperaturas pode ter sua performance abalada, diminuir a vida útil e desligar automaticamente, fazendo a operação parar. Os nobreaks com gerenciamento proativo de temperatura ambiental podem avisar sobre situações que podem comprometer a atividade da empresa. O que geralmente acontece são problemas relacionados ao ar condicionado. Vitor lembra de um cliente da Logmaster que evitou um problema sério no final de semana, graças a um alerta enviado pelo nobreak.
“Uma queda de energia aconteceu, o ar condicionado da empresa não estava configurado para ligar automaticamente após um blackout. A energia elétrica retornou, os equipamentos seguiram em funcionamento, e o ambiente esquentou muito. Em pleno final de semana, o diretor da empresa recebeu um alerta avisando que algo estava errado com a temperatura ambiental. O empresário foi até a empresa e quando abriu a porta sentiu um ar quente. Em tempo de evitar a parada do servidor, percebeu que o ar condicionado estava desligado. Ele ligou o aparelho, sem que precisasse passar pela indesejada falha dos dispositivos”.
Alerta de autonomia crítica
Um aviso sobre a autonomia crítica pode despertar a ação do gestor de forma planejada. Em um caso de falta de energia, o gestor pode configurar o nobreak para avisar sobre um determinado tempo de autonomia, que seja suficiente para desligar ativos de TI mais importantes, garantindo assim a integridade dos equipamentos e a segurança da informação.
Em uma situação real de falta de energia é possível desligar equipamentos, de acordo com alertas configurados, para potencializar o aproveitamento das baterias. “Vamos dizer que o nobreak está configurado para avisar quando a empresa conta com uma hora de autonomia, isso com 10 computadores ligados. O gestor pode desligar cinco computadores para aumentar a autonomia e tomar todas as ações necessárias neste tempo”, explica Vitor.
O gerenciamento de nobreaks está alinhado às boas práticas e inovações da automação industrial e TI
Com as funções de alertas proativos e reativos, o departamento de TI conta com o monitoramento necessário para antecipar ações ou agir rapidamente em uma situação adversa. Importante destacar que, mesmo no caso dos alertas proativos, o nobreak indica o problema. Muitas vezes os gestores têm dificuldades para saber qual é o problema real que precisa ser resolvido. No caso de uma organização setorizada é possível entender ou investigar onde está acontecendo a falha e solucionar o problema com muito mais objetividade.
O gerenciamento de nobreak está alinhado às melhores práticas de TIC, possibilitando o desenvolvimento da performance da equipe de TI e uma segurança da informação com mais recursos e credibilidade.
Informações: Vitor Mengue, Gerente Técnico Logmaster.
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